Não é apenas a capital paulista que vive a maior crise no abastecimento de água da sua história. O rico interior do estado de São Paulo enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos. Não chove desde o final do ano passado. O Rio Tietê baixou em até oito metros na região de Araçatuba, a 467 quilômetros de São Paulo, interrompendo há dois meses o tráfego de barcaças na Hidrovia Tietê/Paraná, uma das maiores do país, já que há lugares onde o rio está no nível zero. Com isso, não será possível escoar parte das seis milhões de toneladas de grão transportadas por ali anualmente.
A situação impede a navegação até de barcos de pescadores, agravando a crise social. Já foram demitidas três mil pessoas que trabalhavam na hidrovia na região entre Araçatuba e Barra Bonita, com 42 municípios.
A disputa pela água atinge proporções alarmantes, pois as seis hidrelétricas na região dão prioridade ao uso da água para a produção de energia elétrica e, assim, evitar um apagão. A agricultura também sofre e as destilarias de açúcar e álcool, com quebra na safra em até 25%, já dispensaram mil trabalhadores. E, para piorar, só há previsão de chuva para outubro ou novembro.
''O mais grave é que agora só há previsão para chover em outubro ou novembro. Se voltar a chover dentro da média histórica, ainda vamos levar meses para recuperar o déficit hídrico — disse Manfré.''
A situação está crítica refletindo não só no setor econômico como citado acima, mas também na área da saúde, com o aumento de casos de doenças respiratórias, viroses e demais.
Fica meu apelo para um uso consciente da pouca água que nos resta.
Um abraço amigo,
Lúcio.